This Think Tank intends to explore the role of creative production within the development of the competitive edge of any given city, region or country and the potential importance of leadership, and commerciality within the cultural sector, considering Transforma and Torres Vedras as case studies.

Tuesday, October 24, 2006

Arte e criatividade como armas de competitividade


“Think tank” internacional reúne-se em Torres Vedras

(published in Jornal de Negócios 20 Oct 2006)
Dora Ribeiro
doraribeiro@mediafin.pt

Uma auto-estrada pode servir de inspiração criativa. Além do tema davelocidade, tão presente nas nossas vidas, a imagem evoca também os diferentes espaços e realidades sociais e económicas dentro de uma região ou país. Centros e periferias. Talvez por isso a associação Transforma, que promove arte contemporânea a partir de Torres Vedras, escolheu chamarA8 a uma série de eventos que estão a decorrer por sua iniciativa até 25 de Novembro, como objectivo de ganhar mais visibilidade e relevância nacional.

Uma das actividades principais do Laboratório A8 é o “think tank” internacional que decorre, hoje e amanhã, na sua sede em Torres Vedras, e que reunirá, entre outros convidados, o advogado Daniel Alegria dos Reis, o arquitecto e crítico Pedro Gadanho, Daniel Pires, director dos espaço cultural do Porto MausHábitos, Andrew Carmichael, director da Agência Criativa Lewisham, Liz Lydiate, directora do Masters in Enterprise Management of the Creative Arts do London College of Communication, Scott Burnham, director criativo do centro de cultura urbana Urbis (emManchester) e Dingeman Kuilman, director da Premsela Foundation, emAmesterdão. O que pretende aTransforma? A associação, apesar de estar localizada numa periferia, quer ter uma palavra e um papel na indústria criativa portuguesa. Qual ainda não sabe ao certo. E, por isso mesmo, decidiu juntar líderes culturais de vários quadrantes para pensarem sobre o rumo a tomar. “Depois de cinco anos de actividade, a Transforma precisa de uma refundação”, explica Luís Firmo, o presidente da associação. “Temos de criar uma nova prática organizacional e artística”.

O objectivo é assumir-se como um parceiro (local, nacional e internacional) que seja capaz de contribuir para a transformação dos espaços sociais. “Queremos explorar o papel da criatividade dentro do contexto da competitividade das cidades e debater o papel da liderança e dos aspectos comerciais no sector cultural”, escreve Michael DaCosta, o organizador do evento. Se o desenvolvimentode uma vantagem competitiva das cidades está a tornar-se crucial em termos sociais e económicos,“Transforma e Torres Vedras podem liderar a nova tendência das indústrias culturais no País, abandonando a mentalidade do subsídio e avançando para uma visão de indústrias criativas e de investimento”, defende. “Uma forte liderança cultural é fundamental para o futuro de um Portugal moderno”, argumenta.

Como o próprio PlanoTecnológico do actual Governo reconhece (embora nada proponha em concreto), a criatividade está a “tornar-se um‘input’ cada vez mais importante no processo produtivo de todos os bens e serviços”. Além das áreas clássicas e das indústrias tradicionalmente a elas associadas (ver caixa acima), as chamadas indústrias criativas sãohoje reconhecidas como catalisadores de outros sectores económicos e abrem novas fronteiras de diálogo entre arte, ciência e negócio.

E, acima de tudo, essas indústrias provocam um efeito positivo na qualidade de vida das sociedades.“Queremos ser um motor de transformação do panorama local e nacional”, resume Luís Firmo.

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